O governador disse que quer acabar com servidores fantasmas no Governo. A maioria dos servidores estava à disposição do Legislativo, boa parte deles solicitada pelos deputados com ônus para o Estado. Os deputados convocavam servidores para trabalhar com eles, ou não trabalhar, e o Estado pagava por isso. A reportagem do jornal teve acesso a informações de servidores que moram em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e até nos Estados Unidos e na Europa, e continuam recebendo salário do Governo do Piauí. 

O governador Wilson Mar-tins mandou suspender a concessão de disposições do Estado para outros órgãos. Foram negados os pedidos de disposição feitos pela Assembléia Legislativa, Câmara Federal e várias prefeituras, porque queriam os servidores com ônus para o Estado. "Não vamos ceder servidores para trabalhar para os outros e continuarmos pagando. O mesmo serve para os demais, porque quando o Estado requer servidor federal, vem a despesa para pagar. O salário dele passa a ser custeado pelo Governo do Estado. Estamos fazendo a mesma coisa - quem convoca, que pague o salário", disse ontem o governador Wilson Martins. 

Dentre as disposições, há servidores considerados fantasmas porque não aparecem para trabalhar, mas estão na folha de pagamento. Esses fantasmas moram em outros estados e em outros países. No Instituto de Assistência e Previdência Social do Estado do Piauí (Iapep), foram identificados casos de fantasmas. Uma servidora mora na Alemanha há mais de dez anos, mas recebe contracheque e até vale transporte, porque está à disposição do gabinete de um deputado estadual. 

Ela está de volta ao Brasil para fazer o recadastramento e está tentando uma nova disposição, antes de voltar para a Alemanha. O presidente do Iapep, Flávio Nogueira, mandou fazer uma varredura na folha de pagamento do instituto para identificar casos idênticos e determinou que sejam adotadas as providências para corrigir as falhas. Fonte: MeioNorte.com